Restaurante itinerante é sensação em Milão


Desde dezembro, quem olha para o alto, em Milão, para admirar a arquitetura gótica da igreja Duomo, a mais famosa da cidade, fica confuso ao se deparar com uma moderna estrutura angular, em vidro e ferro, que se projeta lado a lado com a construção iniciada no século 14. Batizada The Cube, trata-se de um restaurante temporário, onde chefs estrelados pelo guia Michelin na Itália se revezam em almoços e jantares de, no mínimo, 200 euros.

A inevitável surpresa com o contraste foi criada propositalmente pela marca de eletrodomésticos Electrolux, responsável pelo projeto itinerante iniciado em Bruxelas, em 2011. "Queríamos criar uma experiência única para que os clientes interagissem com nossos produtos", afirma Tomaso Bonazzi, gerente de comunicação da empresa. Assim surgiu, em parceria com o escritório de arquitetura italiano Park Associati a estrutura de 140 m², com cozinha, varanda e um moderno salão com mesa retrátil e design clean. "Foram necessárias duas semanas para levantar toda a estrutura sobre o prédio – um edifício de cinco andares ocupado por uma instituição financeira", lembra o executivo.

sso não foi nada frente ao trabalho para conseguir encontrar e ter a liberação para usar o espaço ideal. "O projeto prevê a instalação do restaurante em locais inusitados e alguns problemas burocráticos acabaram nos atrasando, mas agora estamos começando com as permissões municipais muito antes", diz Bonazzi. Pela programação original, o The Cube deveria ter circulado por pelo menos mais duas cidades europeias no ano passado. Mas pelo visto, tamanho esforço parece estar sendo recompensado. Para se conseguir um espaço livre na mesa comunitária de apenas 18 lugares é preciso, hoje, esperar em um fila de até três semanas. "Turistas japoneses e russos, e pessoas celebrando algo especial têm sido nosso maior público."


Prevista para ficar em Milão até 26 de abril – depois do agito da semana de design –, o The Cube deve seguir em maio para Londres, aproveitando o frenesi dos Jogos Olímpicos. Estocolmo, Moscou, Paris e Barcelos deverão ser as próximas paradas, mas a montagem da estrutura no Brasil também não está descartada. "No próximo ano devemos ficar apenas pela Europa, mas porque não levá-la ao Brasil em dois ou três anos", pondera.

Até lá, será preciso estar mesmo pela Europa para participar da experiência.

CRÉDITO: IG

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