Da lei para as agulhas
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Homem de Estilo
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 at 07:22
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Enquanto roupas sob medida partem de uma base pré-pronta, adaptada às medidas do cliente, as bespoke surgem inteiramente do corpo e gosto da pessoa. É possível definir cor da linha, tecido, botão, modelo e forro. Assim, garante-se uma peça única.
O trabalho de Alexandre como alfaiate começou em 2006, quando ele terminou a faculdade de direito e não conseguia encontrar um bom terno para se vestir. “Nada ficava bem no meu corpo. Fui a diversos alfaiates e nada me satisfazia, sempre ficava uma sobra”, conta. Foi então que ele decidiu fazer o próprio terno e ver se dava certo. Deu.
Nunca fez cursos de costura, mas contou com o conhecimento que obteve da mãe, costureira da família. “Ela fazia as minhas roupas e as dos meus irmãos quando éramos pequenos.” Com o sucesso da empreitada, abandonou o direito e passou a costurar ternos para os colegas da profissão que nem chegou a exercer. Depois disso, o boca a boca fez a fama.
Hoje, ao frequentar os grandes centros financeiros do país, é possível que você se depare com alguém usando um costume Alexandre Won. O alfaiate, porém, é reservado quanto aos nomes de seus clientes. Revela apenas o de Bruno Setúbal, herdeiro do Banco Itaú, que já declarou publicamente usar suas peças.
Quem quer um terno Won desembolsa, no mínimo, 6 900 reais, valor inicial da calça e do paletó. Ele também faz camisas e camisetas polo moldadas diretamente no corpo. Seu corte é moderno, com a roupa mais justa, o modelo slim. Em média, um costume leva três meses para ficar pronto e exige quatro provas. Atualmente, ele possui dois ateliês, um em São Paulo e outro no Maranhão, onde tem um sócio. Seu plano futuro? Abrir uma escola de alfaiataria. “A profissão está morrendo, e eu não quero isso. Fora que é muito difícil conseguir mão de obra qualificada.” Se depender de Alexandre, o futuro da alta-costura está garantido.
CRÉDITO: REVISTA ALFA
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